segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre a Xuxa no Fantástico.

Eu não poderia deixar de comentar a tão falada entrevista da Xuxa no fantástico. Mas ficaria um tanto tendencioso apesar do blog ser feito para eu dar minhas opiniões. Eu ainda vejo a Xuxa como um mito e mesmo usando as roupas cafonas, fazendo aquela voz de desenho animado para cantar e ter dentes da frente cada dia maiores, ainda é a Xuxa. Que me fez tão feliz, ainda com aquele olhar, com aquela magia que não consigo explicar. Sou muito fã mesmo. E me assustei com uma Xuxa diferente. Falando abertamente de sexo!! Ok, isso me deu uma vergonha alheia. rs.
Um outro cara que eu adoro resolveu se manifestar escrevendo sobre o acontecido. E ele pode, já que é um profissional. Lembram do Dr. Marcelo Arantes? O Marcelo psiquiatra do BBB? Bom, queria que algumas das pessoas que julgaram a Xuxa tivessem o prazer de ler o que ele escreveu.
Por isso, usarei aspas daqui para frente. Com a palavra: Dr. Marcelo Arantes, psiquiatra. Com pequenas interferências minhas em negrito!

"Venho tentando decantar o que é sólido e real numa Xuxa tão fluida e fulgaz, pra poder conhecê-la - e encantar-me com os olhos de criança. A autossuficiência idiossincrática - uma pessoa que se comporta fora dos padrões - de “rainha” não permitiu à Xuxa um terapeuta, talvez não existisse um à altura. Preferiu uma jornalista.
Xuxa veio à TV justificar socialmente sua solteirice. Falou de Pelé, Senna, contou do abuso. Mostrou pro mundo e pra filha q existe por quê. Sobre revelar do abuso: é algo digno de coragem e aplausos - independente se teve propósito ou não de atrair visibilidade e apelo às massas. Xuxa não revelou quem foi o primeiro a abusar dela, mas disse que tinha cheiro de álcool. Pensei em um procedimento comum, tipo injeção.  - Entendi como se fosse em referencia a bebida. Ela sempre reclama de bebida alcólica -.
Sobre a relação com o pai, mencionou frieza e distância. E ao generalizar dos abusos, citou: "muitas vezes acontece com o pai, ou com a mãe". Fica evidente, agora, a necessidade de Xuxa (pelos seus trabalhos) em se fixar na idade infantil, na volta à inocência, ao tempo pré-abuso. E se torna compreensível a erotização com uma criança em "Amor Estranho Amor", como etapa primitiva de amadurecimento da sexualidade. Colocar-se na posição de "abusadora", e não de "abusada", como no filme em questão, poderia ter sido trabalhada em terapia, se permitisse. 
Algo comum, e que foi relatado também no vídeo, foram diferentes pessoas e contextos propiciando o abuso na esfera de prazer proibido pra criança. Não podemos afirmar q neste caso houve isto, mas algumas crianças abusadas descobrem um prazer que lhes é destrutivo e procuram por ele. Por isto a sensação de culpa: PODE existir a compulsão e o prazer infantil, mas há a consciência por parte da criança q é errado e abjeto. Se alguma criança se insinua para um adulto e ele responde positivamente a este estímulo, ele pode ser definido como um monstro. Sobre Ayrton Senna cogitava-se que fosse gay, devido à dificuldade de se vincular às mulheres. Não pode ter sido abusado também? É possível. Michael Jackson, outro fixado no mundo infantil. Neverland: abusado também? Senhores, vamos deixar as piadas e aplaudir a Xuxa. Que sua coragem motive muitas crianças a denunciarem, e amedronte adultos irresponsáveis. E um recado pra Xuxa: a criança precisa sofrer, sim, sua linda. Mas sofrer na medida certa, pra aprender a enfrentar as vicissitudes. "


Que sirva de exemplo para muitas crianças que sofrem de abuso. 

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