Algumas coisas mexem realmente comigo. Avós e Natal estão entre os top cinco. Dia 23, seis da tarde, resolvi entrar no shopping perto da casa do meu namorado e comprar uns presentes. Estava lotado, claro. E eu ODEIO andar em shopping. Cheio então...Eu estava com uma dorzinha de cabeça de fome e por incrível que pareça o Mc Donald's era o lugar mais vazio. E lá fui eu. Pedi meu lanche favorito, e fui me sentar. Nesse shopping, o Mc Donald's tem um espaço próprio e foi pra lá que me dirigi.
Na mesa ao lado da minha estava uma mulher com três crianças e logo em frente sentou outra mulher com um menino. A que estava com os três puxou assunto e pediu para a outra tirar uma foto deles e exclamou toda sorridente: "Meus netos!". Ela estava tão orgulhosa de ser chamada de vovó que eu olhei a blusa "I love New York" que ela vestia e li perfeitamente "netos" no lugar da cidade que nunca dorme.
A outra também falava dos seus outros netos mais novinhos... E enquanto lanchavam ficaram conversando. E eu? Confesso que ainda não perdi minha mania feia de ouvir a conversa dos outros. rs Ainda mais quando podem me render boas lembranças e textos! rs
Lembrei da minha avó (como se fosse preciso algo para me lembrar dela). Na minha família ela fazia muita questão do Natal. E parecia adorar andar por shoppings e mercados nessa época. Mesmo não sendo fã da data, inconscientemente sigo os rituais de Natal que aprendi com ela até hoje... A preparação da casa, a árvore, o nome dos Reis Magos, a devoção de José e a pureza de Maria. Estar com o coração cheio de alegria meia noite e não reclamar que não gosto das comidas de Natal. rs
Nem preciso dizer que fiquei chorando cheia de saudade, quietinha no meu lugar vendo aquelas avós com netos fazendo o que eu fazia com a minha!
Lembrei que incrivelmente meu quarteirão com queijo vinha lotados de picles, enquanto o dela, que gostava de picles tanto quanto eu, nunca vinha com nenhunzinho. Eu ficava com peninha e doava alguns pra ela. Mesmo depois que notei porque ela me mandava lavar as mãos ou jogar algo fora sempre antes de começar a lanchar, eu agia com naturalidade àquela situação. Nunca contei pra ela que sabia de onde vinham meus picles extra!
Assim como nunca contei que ela dormia vendo TV e chegava a roncar. Era por isso eu falava igual a tagarela durante os especiais do Roberto Carlos. Funcionava e ela não perdia uma música sequer...Sinto dor no peito quando a Globo começa anunciar o especial de Natal do Rei. E não arrumo árvore de Natal.
Agora o meu avô é que faz questão de tudo. Menos do especial do Roberto Carlos... Na verdade ele não liga para decoração e menos ainda para presentes e roupa nova. Ele quer é que os filhos e netos estejam juntos e que meu irmão coma uma coxa do Chester para ele poder falar que "no próximo ano precisaremos de um maior, pois o Robertinho é um glutão". Esse ano ele gostou da ideia do amigo-oculto de guloseimas, mas de última hora não quis participar. Ficou de fora comentando as besteiradas que cada um ganhou, ou deu. Comeu seu generoso pedaço de pudim, sentou no meio dos netos e ficou encantado ao perceber "que os netos são amigos". Bonitinho demais... Me pediu para tirar uns cravinhos e dormiu sentado enquanto eu apertava sua orelha... Simples. Leve. Marcante. Emocionante. E com família. Esse ano não teve a surpresa do Papai Noel... O primo mais novo estava com a mãe e mesmo assim ele está desconfiado que Papai Noel não é real. rs Mas foi legal. Vô, tios, primos, pai, mãe e irmão. Minha família.
Exatamente como minha avó ensinou... Feliz Natal.
Na mesa ao lado da minha estava uma mulher com três crianças e logo em frente sentou outra mulher com um menino. A que estava com os três puxou assunto e pediu para a outra tirar uma foto deles e exclamou toda sorridente: "Meus netos!". Ela estava tão orgulhosa de ser chamada de vovó que eu olhei a blusa "I love New York" que ela vestia e li perfeitamente "netos" no lugar da cidade que nunca dorme.
A outra também falava dos seus outros netos mais novinhos... E enquanto lanchavam ficaram conversando. E eu? Confesso que ainda não perdi minha mania feia de ouvir a conversa dos outros. rs Ainda mais quando podem me render boas lembranças e textos! rs
Lembrei da minha avó (como se fosse preciso algo para me lembrar dela). Na minha família ela fazia muita questão do Natal. E parecia adorar andar por shoppings e mercados nessa época. Mesmo não sendo fã da data, inconscientemente sigo os rituais de Natal que aprendi com ela até hoje... A preparação da casa, a árvore, o nome dos Reis Magos, a devoção de José e a pureza de Maria. Estar com o coração cheio de alegria meia noite e não reclamar que não gosto das comidas de Natal. rs
Nem preciso dizer que fiquei chorando cheia de saudade, quietinha no meu lugar vendo aquelas avós com netos fazendo o que eu fazia com a minha!
Lembrei que incrivelmente meu quarteirão com queijo vinha lotados de picles, enquanto o dela, que gostava de picles tanto quanto eu, nunca vinha com nenhunzinho. Eu ficava com peninha e doava alguns pra ela. Mesmo depois que notei porque ela me mandava lavar as mãos ou jogar algo fora sempre antes de começar a lanchar, eu agia com naturalidade àquela situação. Nunca contei pra ela que sabia de onde vinham meus picles extra!
Assim como nunca contei que ela dormia vendo TV e chegava a roncar. Era por isso eu falava igual a tagarela durante os especiais do Roberto Carlos. Funcionava e ela não perdia uma música sequer...Sinto dor no peito quando a Globo começa anunciar o especial de Natal do Rei. E não arrumo árvore de Natal.
Agora o meu avô é que faz questão de tudo. Menos do especial do Roberto Carlos... Na verdade ele não liga para decoração e menos ainda para presentes e roupa nova. Ele quer é que os filhos e netos estejam juntos e que meu irmão coma uma coxa do Chester para ele poder falar que "no próximo ano precisaremos de um maior, pois o Robertinho é um glutão". Esse ano ele gostou da ideia do amigo-oculto de guloseimas, mas de última hora não quis participar. Ficou de fora comentando as besteiradas que cada um ganhou, ou deu. Comeu seu generoso pedaço de pudim, sentou no meio dos netos e ficou encantado ao perceber "que os netos são amigos". Bonitinho demais... Me pediu para tirar uns cravinhos e dormiu sentado enquanto eu apertava sua orelha... Simples. Leve. Marcante. Emocionante. E com família. Esse ano não teve a surpresa do Papai Noel... O primo mais novo estava com a mãe e mesmo assim ele está desconfiado que Papai Noel não é real. rs Mas foi legal. Vô, tios, primos, pai, mãe e irmão. Minha família.
Exatamente como minha avó ensinou... Feliz Natal.
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